Para compreender o que é filosofia é ideal que se conheça a etimologia da palavra, de origem grega. Filosofia é derivada de philos - que significa amor, amizade – e sophia – que significa sabedoria.
Segundo
Marilena Chauí em seu livro “Convite à filosofia”, a palavra filosofia foi
criada por Pitágoras de Samos. Para ele, somente os deuses possuíam a plena
sabedoria, “mas que os homens podem desejá-la ou amá-la tornando-se filósofos.”
Entende-se
que filosofia, basicamente, busca a reflexão sobre questões relacionadas à
verdade, à mente, ao pensar, à existência, à moral, enfim, ao conhecimento.
Essa reflexão é sempre racional, diferentemente das pesquisas científicas, que
geralmente são baseadas em experiências empíricas.
Dividindo-se
a filosofia em períodos Pré-socráticos, Socráticos e Pós-socráticos, pode se
entender que o Período Pré-socrático foi marcado por um direcionamento à
natureza, todos os pensamentos eram sempre ligados a ela. O primeiro filósofo
foi Tales de Mileto, que pertenceu ao período Pré-socrático, para ele o
principio de tudo era a água (arché). Alguns outros pré-socráticos foram
Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Parmênides de Eléia, Heráclito,
Empédocles e Demócrito.
Já
o período Socrático foi marcado pela antropologia, ou seja, o estudo do homem.
Nesse momento, o pensar passa a ser mais reflexivo, crítico e argumentativo.
No
período Pós-socrático, não há mais a polis
grega - as cidades gregas não existiam mais como centros políticos. As
principais linhas filosóficas dessa época foram o Estoicismo (entendia-se que o
homem era uma peça no Universo e que devia manter a serenidade em todas as
situações, boas ou ruins), o Epicurismo (pregava-se que o homem sábio obteria a
felicidade na forma mais elevada conhecendo o mundo e limitando seus desejos),
o Ceticismo (corrente de pensamento que recusa toda afirmação dogmática e
entendimentos, acredita-se na impossibilidade de conhecer com certeza qualquer
verdade) e, por fim, o Neoplatonismo (acredita-se que através da religião possa
completar, integrar e superar a filosofia, ocorre a união do racionalismo grego
com o misticismo oriental).
Bibliografia:
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São
Paulo: Ática, 2000.
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